domingo, 18 de janeiro de 2009

18-01-2009

Carta do dia:

18 A Lua

Depois de uma Carta como a Temperança (e tendo em conta a sua energia) surgir-nos A Lua pode provocar no intérprete alguma confusão.

É que, sendo a Temperança uma carta de equilíbrio e razão, poderia julgar-se difícil de harmonizar com a Lua (Carta de dualidade e do inconsciente humano).

Comecemos por interpretar A Lua:
temos novamente o elemento água - que, desta vez, se encontra perfeitamente estático e sem qualquer tipo de influência.
De cada lado se encontra uma construção, forte e robusta, que se contrapõe à outra, não se alternando ou complementando. São duas, diferentes, uma de cada lado.
O lobo uiva à Lua e a Lua é uma mulher que, ainda que estando pouco visível, deixa antever uma imensa sensualidade.
Da água surge uma cauda de um animal que não sabemos qual é.
Quer isto dizer-nos o quê?

A Lua, elemento principal nesta Carta, é o guardião da nossa bagagem psíquica, o inconsciente que também nos compõe.
E esta bagagem está com o papel principal, que nos revela a sua importância para o dia de hoje.
Se atentarmos no animal de que apenas vimos a sua cauda, reparamos que ele está a mergulhar na água (nos sentimentos), indo mais fundo e mais além... até quase o perdermos de vista.
Já o lobo, animal cujas principais características são a coragem e a lealdade, a par da sua instintiva capacidade de guerra, está a uivar à lua. Como que em conflito.

As torres podem aqui ser interpretadas como significando os nossos projectos (algo que edificamos e tomamos como seguro, como sempre presente).
Já a montanha atrás, o nosso consciente, vem lembrar-nos de que tudo o que está representado aqui tem um caminho a percorrer até ao nosso consciente para que possa ser trabalhado e para que possamos pôr termo a esta dualidade e finalmente criar um equilíbrio harmonioso entre nós e a nossa bagagem emocional.
Depois de uma Carta como a Temperança, a Lua vem avisar-nos de que é necessário ir um pouco mais fundo. Se conseguimos, sob a influência da Temperança, racionalizar os nossos sentimentos, é agora altura de permitirmos lidar com eles de forma mais instintiva.
Se já sabemos o que temos de trabalhar, se já está organizado, é então chegada a altura de dar espaço ao instinto, colocar novamente a racionalidade de parte (mantendo, no entanto, os resultados desta, conseguidos através do dia anterior) e deixar-nos guiar pelo instinto.
Mas atenção, nós não conseguimos ver o que está neste caminho. Ele não se nos apresenta, o que faz com que tenhamos de ter cuidado com aquilo com que nos deparamos ao longo desta viagem.
Precaução e olhos muito abertos são recomendações importantes, na medida em que estamos a caminhar por locais que há muito não visitávamos.
Há ainda uma outra mensagem nesta carta: a sensualidade.
Se já conseguimos existir sem depender dela no passado, eis que é agora altura de nos permirtirmos essa influência.
Deixemos a Mulher libertar-se pois essa libertação será agora mais madura e mais fundamentada.
Na medida em que aparece muitas vezes ligada à beleza e aos líquidos, hoje será um bom dia para um intervalo para ME TIME, onde nos poderemos dedicar à hidratação e cuidado de nós próprios.
Atenção, Cavalheiros, nunca esquecer, apesar de não serem do sexo feminino, nunca deverão esquecer quehá uma influência feminina em todos os homens, como há também masculina, nas mulheres.
Antes de terminar, apenas uma advertência:
A Lua é uma carta marcada pela dualidade e pelo conflito. Neste caminho que deveremos percorrer, é boa ideia nunca esquecer que estamos sob a influência de um elemento inconstante, dual e mutável... portanto, estejamos preparados para mudanças, conflitos, dúvidas.
Mas o que é certo é que o resultado será um novo caminho! Mais próspero que o que anteriormente percorriamos. Afinal, estamos agora no Caminho da Evolução.